
País registra recordes no abate de bovinos, aves, suínos e na produção de ovos em 2024
O Brasil registrou recordes no abate de bovinos, aves, suínos e na produção de ovos em 2024. Os dados fazem parte das Estatísticas da Produção Pecuária, levantamento divulgado nesta terça-feira, 18/3, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano passado, foram abatidas 39,27 milhões de cabeças de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária, aumento de 15,2% em comparação ao ano anterior e também o maior resultado da série histórica do IBGE, iniciada em 1997. Foram abatidas 5,17 milhões de cabeças de bovinos a mais que em 2023. Esse incremento teve influência principalmente do estado do Mato Grosso, onde foram abatidas 1,14 milhão de cabeças a mais que no ano anterior. Mas foi verificado aumento em 26 das 27 unidades da Federal. Mato Grosso continuou liderando o ranking dos estados que mais abatem bovinos, com 18,1% da participação nacional em 2024, seguido por Goiás (10,2%) e São Paulo (10,2%). O aumento da atividade foi acompanhado das exportações recordes de carne bovina in natura (2,55 milhões de toneladas), registradas pela série histórica da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Frango No acumulado do ano, foram abatidas 6,46 bilhões de cabeças de frango, incremento de 2,7% (+172,73 milhões de cabeças) em relação ao ano de 2023, estabelecendo novo recorde da série histórica. Em 2024, as exportações de carne de frango in natura alcançaram recordes na série histórica da Secex, tanto em volume exportado, como em faturamento em dólares. Paraná continuou liderando amplamente o ranking estadual no abate de frangos em 2024, com 34,2% de participação nacional, seguido por Santa Catarina (13,8%) e logo em seguida por Rio Grande do Sul (11,4%). Suínos Em 2024, foram abatidas 57,86 milhões de cabeças de suínos, representando um aumento de 1,2% (+684,24 mil cabeças) em relação ao ano de 2023, e estabelecendo novo recorde na série histórica da pesquisa. Santa Catarina manteve a liderança no abate de suínos, com 29,1% do abate nacional, seguido por Paraná (21,5%) e Rio Grande do Sul (17,1%). As exportações de carne suína in natura também alcançaram recordes na série histórica da Secex. Produção de ovos A produção de ovos de galinha em 2024 registrou recorde na série histórica do IBGE, alcançando 4,67 bilhões de dúzias, um aumento de 10,0% em relação ao ano anterior. “Ao longo de 2024, o setor avícola foi impulsionado pelos aumentos nos preços relacionados a outras proteínas, com demandas internas e externas aquecidas. Além disso, o crescimento do setor de frangos para corte influencia diretamente na produção de ovos para incubação”, informou o IBGE. A produção de 423,72 milhões de dúzias de ovos a mais, em nível nacional, no comparativo de 2024 e 2023, foi consequência do aumento de produção em 25 das 26 unidades da Federação com granjas enquadradas no universo da pesquisa, sendo que o único decréscimo foi observado no Maranhão. O estado de São Paulo apresentou um acréscimo de 8,2% em sua produção, comparando com o ano anterior, e seguiu como o maior produtor, com 26,0% da produção nacional. Leite e couro A aquisição de leite cru acumulada em 2024 foi de 25,38 bilhões de litros, um acréscimo de 3,1% sobre a quantidade registrada em 2023. O ano de 2024 é o segundo ano de crescimento na aquisição de leite, após passar por dois anos de quedas consecutivas. Já os curtumes investigados pela Pesquisa Trimestral do Couro declararam ter recebido 40,08 milhões de peças inteiras de couro cru bovino, quantidade 16,8% maior que a registrada no ano anterior. IMAGEM: Ernesto Rodrigues/AE